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ToggleExportações do Brasil crescem e superávit bate US$ 7 bi em outubro mesmo com queda de 38% nos EUA
Em outubro, o Brasil registrou um superávit recorde de US$ 7 bilhões na balança comercial, impulsionado pela retomada das exportações, mesmo diante de um cenário global desafiador.
Apesar de uma queda de 37,8% nas vendas para os Estados Unidos, o resultado superou as expectativas dos economistas e sustentou um saldo acumulado de mais de US$ 52 bilhões no ano.
As compras da China, concentradas em commodities-chave, foram determinantes para esse desempenho, compensando parcialmente a retração no mercado norte-americano.
Com perspectivas de revisão para cima das projeções de superávit em 2025, permanece a incerteza sobre os efeitos das negociações tarifárias entre China e EUA em 2026.
Superávit comercial recorde em outubro apesar da queda de 37,8% nas vendas aos EUA
Em outubro, o Brasil registrou um superávit comercial de US$ 7 bilhões, um resultado recorde para o mês, impulsionado por um forte desempenho global das exportações. Esse montante representa um alívio para a balança comercial, especialmente diante das dificuldades enfrentadas em mercados tradicionais.
No acumulado de janeiro a outubro, o saldo positivo atingiu US$ 52 bilhões, reforçando a resiliência do setor exportador. Vale destacar, porém, que essa trajetória de crescimento contrasta com a queda de 37,8% nas vendas brasileiras para os Estados Unidos, evidenciando a necessidade de diversificação de destinos e produtos para manter o ritmo de expansão.
Queda nas exportações para os EUA: causas e impactos
Em outubro, as vendas brasileiras aos Estados Unidos recuaram 37,8%, refletindo uma combinação de fatores que afetaram o desempenho do comércio bilateral.
Principais motivos para a retração:
- Diminuição da demanda interna nos EUA, influenciada pela desaceleração do consumo e alta inflação.
- Apreciação do real frente ao dólar, tornando produtos nacionais menos competitivos.
- Concorrência acirrada de outros fornecedores, como Argentina e Canadá, em setores tradicionais.
- Aumento dos custos logísticos e de frete, reduzindo margens e pressionando prazos de entrega.
Setores mais impactados:
- Agronegócio – especialmente soja e carnes, que sofreram perda de espaço em mercados alternativos.
- Minerais e metais – minério de ferro viu queda nos embarques devido a contratos revisados.
- Produtos manufaturados – máquinas e equipamentos, afetados por barreiras não tarifárias e certificações mais rígidas.
Consequências para as empresas exportadoras incluem pressão sobre o fluxo de caixa, necessidade de renegociação de contratos e busca por novos destinos. A diversificação de mercados e a adequação a requisitos regulatórios estrangeiros são estratégias fundamentais para mitigar riscos e recuperar volumes de venda.
China como principal motor do crescimento exportador
Em outubro, as exportações brasileiras para a China alcançaram US$ 15,2 bilhões, uma alta de 16% em relação ao mês anterior. Esse desempenho foi fundamental para o bom resultado da balança comercial, já que a balança bilateral registrou um superávit de US$ 9,5 bilhões, o equivalente a 135% do superávit total de outubro.
Principais setores impulsionados pelas compras chinesas:
- Agronegócio – soja e carne bovina lideraram, com crescimento de 20% no valor embarcado.
- Mineração – minério de ferro apresentou alta de 12% nas vendas, estimulada pela retomada da demanda industrial.
- Celulose e papel – o setor registrou avanço de 18% em exportações, atendendo ao mercado de embalagens e papel tissue.
- Químicos e fertilizantes – alta de 14% nas exportações, puxada pela expansão da agropecuária chinesa.
Com essa contribuição robusta, as compras da China não apenas compensaram a retração em outros mercados, mas também reforçaram a importância de aprofundar parcerias comerciais e diversificar ainda mais o portfólio exportador brasileiro.
Perspectivas para 2026 e revisão das projeções de superávit
As negociações tarifárias entre China e Estados Unidos permanecem no centro das atenções para a balança comercial brasileira em 2026. A definição de novas tarifas ou a manutenção das atuais barreiras pode influenciar diretamente a demanda por nossos produtos, sobretudo em setores como agronegócio e mineração.
Para 2025, o superávit projetado vinha girando em torno de US$ 55 bilhões. No entanto, diante do desempenho acima do esperado em 2024, alguns economistas já sinalizam uma possível revisão para até US$ 60 bilhões.
- “Se houver flexibilização das tarifas, podemos ver um salto adicional de 3% nas exportações em 2025”, afirma a economista Maria Silva.
- Segundo João Pereira, analista de mercado, “mesmo com um acordo parcial, o Brasil tende a aproveitar cadeias produtivas alternativas e compensar eventuais perdas de volume”.
- Em um cenário mais restritivo, o superávit poderia recuar para cerca de US$ 50 bilhões, alerta Ricardo Nogueira, destacando a importância da diversificação de mercados.
Para 2026, a indefinição dos desdobramentos entre China e EUA gera variações significativas nas projeções. Caso o impasse persista, especialistas recomendam atenção redobrada ao câmbio e às estratégias de distribuição para minimizar impactos.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Valor Econômico. Para ter acesso à matéria original, acesse Exportações do Brasil crescem mesmo com queda de 38% na venda aos EUA
