FGC: entenda como protege seus investimentos no Banco Master

FGC: entenda como protege seus investimentos no Banco Master

Entenda o FGC e como ele protege seus investimentos em casos como o do Banco Master

Em um cenário de instabilidade financeira, contar com uma proteção extra faz toda a diferença para prestadores de serviço que dependem do fluxo de caixa.

O caso do Banco Master, que foi à liquidação extrajudicial, expôs o risco de confiar em instituições sem garantias sólidas. Graças ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ foram devolvidos aos investidores, dando alívio a empresários que viram parte do capital preservada.

Nesta curadoria, você vai descobrir como o FGC funciona na prática, quem está protegido e quais são os limites dessa importante rede de segurança.

Por que o FGC é o ‘seguro’ essencial para seus depósitos e investimentos

Em meio a turbulências financeiras, como a liquidação extrajudicial do Banco Master, ter um mecanismo de proteção torna-se crucial. Sem o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), investidores e correntistas poderiam ficar reféns da capacidade de pagamento da instituição. No caso do Master, até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ foram ressarcidos, evitando que muitos prestadores de serviço perdessem boa parte do capital aplicado em CDBs, poupança e outras modalidades cobertas.

Esse “seguro” privado, mantido pelas próprias instituições financeiras associadas, funciona como uma rede de segurança que entra em ação quando um banco enfrenta intervenção ou liquidação. Com patrimônio superior a R$ 150 bilhões, o FGC não só assegura a devolução de recursos, mas também contribui para a estabilidade do sistema financeiro, oferecendo tranquilidade e previsibilidade para quem depende de um fluxo de caixa protegido contra falhas bancárias.

Como funciona o Fundo Garantidor de Créditos na prática

Criado em 1995 pela Resolução CMN nº 2.676, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação privada, sem fins lucrativos, que integra o Sistema Financeiro Nacional. Seu objetivo principal é atuar na manutenção da estabilidade do sistema e na proteção de depositantes e investidores.

Os recursos do FGC são formados pelas contribuições mensais das instituições financeiras associadas. Em 2024, essas contribuições geraram um patrimônio de R$ 140,4 bilhões, valor que já chegou a R$ 153,5 bilhões até setembro de 2025, incluindo R$ 122 bilhões em caixa líquido para atender a eventuais acionamentos.

O mecanismo de atuação do FGC em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial de um banco segue etapas claras:

  • O Banco Central nomeia um liquidante responsável pela instituição.
  • O liquidante consolida a lista de credores e encaminha os dados ao FGC.
  • Após validação, o FGC libera o pagamento dos valores garantidos (até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ) em até 48 horas úteis.

Esse processo funciona como um seguro privado: o fundo assume a responsabilidade de ressarcir os investidores pelos depósitos ou aplicações cobertas, somando o valor aplicado e os rendimentos até o limite definido, garantindo mais segurança e previsibilidade diante de crises bancárias.

Quem está protegido e quais são os limites de cobertura

O FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição, incluindo principal e rendimentos. As aplicações cobertas são:

  • CDB e RDB
  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA)
  • Conta corrente e poupança

Exemplo: se você tinha R$ 200 mil investidos em CDB e acumulou R$ 70 mil de rendimentos até a liquidação do banco, o FGC ressarce até R$ 250 mil. Os R$ 20 mil excedentes seguem na fila de liquidação e poderão ser pagos conforme a disponibilidade de ativos remanescentes.

O que não entra na proteção do FGC

Nem todas as aplicações contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos. Entre os produtos sem cobertura estão:

  • Debêntures;
  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs);
  • Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs);
  • Fundos de investimento;
  • Títulos emitidos fora do sistema de proteção.

Quando um banco é liquidado extrajudicialmente, esses investimentos são incluídos na massa de credores. Um liquidante administra a venda dos ativos da instituição e distribui os recursos de acordo com a ordem de preferência legal: primeiro obrigações trabalhistas e tributos, depois credores com garantia (como o FGC) e, por fim, quem não tem cobertura. A recuperação pode variar de pagamento integral a parcial ou até não ocorrer, pois depende da capacidade de venda de ativos e da quantidade de recursos disponíveis após o atendimento das prioridades legais.

Procedimentos para receber sua garantia

Para solicitar o ressarcimento pelo FGC, siga os passos conforme seu perfil:

Pessoas físicas:

  • Acesse o aplicativo FGC disponível para iOS e Android.
  • Realize o cadastro informando CPF, dados pessoais e conta bancária para crédito.
  • Selecione o banco liquidado e preencha o formulário de solicitação.
  • Anexe cópias de documento de identidade, comprovante de residência e extrato bancário.
  • Aguarde o protocolo de envio e a confirmação de registro.

Pessoas jurídicas:

  • Visite o site oficial do FGC (www.fgc.org.br) e acesse a área “Empresas”.
  • Faça login ou crie cadastro usando CNPJ.
  • Preencha o formulário online com dados da empresa e conta para crédito.
  • Anexe cópias do contrato social, CNPJ, comprovante de endereço e extrato da instituição liquidada.
  • Finalize o envio e anote o número de protocolo fornecido.

Após o envio completo, o FGC costuma liberar o pagamento em até 48 horas úteis, desde que todos os dados estejam corretos. Antes de iniciar o pedido, aguarde a divulgação da lista de credores pelo liquidante, processo que pode levar cerca de 30 dias. Para mais informações, consulte o regulamento do FGC ou o canal de atendimento do fundo.

Alterações recentes nas regras do FGC motivadas pelo caso Banco Master

Em agosto de 2025, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução para fortalecer o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) após a liquidação do Banco Master. O objetivo é reduzir riscos sistêmicos e evitar estratégias agressivas de captação que possam comprometer a estabilidade financeira.

O principal ajuste estabelece um novo teto de 60% para o volume de recursos que cada instituição pode captar com garantia do FGC — o limite anterior era de 75%. Quando ultrapassado esse percentual, os bancos são obrigados a pagar contribuições adicionais, aumentando o custo de captação e desestimulando práticas de alavancagem excessiva.

Além disso, instituições consideradas “excessivamente alavancadas” — com depósitos garantidos pelo FGC acima de dez vezes seu Patrimônio Líquido Ajustado — devem aplicar o excedente exclusivamente em ativos de baixo risco, como títulos públicos federais. Essa exigência reforça a liquidez dos bancos e minimiza possíveis prejuízos ao fundo.

Com essas medidas, o CMN busca incentivar uma captação mais equilibrada, preservar a solidez das instituições financeiras e reduzir a probabilidade de novos acionamentos do FGC em cenários de estresse bancário.

Lições para prestadores de serviço: como garantir segurança financeira para seus clientes

Para reduzir a exposição a riscos semelhantes aos observados no caso do Banco Master, prestadores de serviço devem adotar uma gestão financeira estruturada. Isso envolve acompanhar indicadores de liquidez, manter reservas de caixa e diversificar aplicações, concentrando-se em ativos cobertos pelo FGC quando possível. O monitoramento regular permite identificar sinais de instabilidade com antecedência e adotar medidas corretivas.

Uma contabilidade organizada é a base para decisões mais seguras. Com relatórios mensais e projeções detalhadas, é possível ter clareza sobre receitas, despesas e fluxo de caixa. Além disso, a classificação correta das atividades econômicas (CNAE) garante a conformidade tributária e evita surpresas em fiscalizações.

O planejamento tributário para o Simples Nacional deve considerar o perfil de receita e custos de cada prestador de serviço. Ao escolher o regime mais adequado, é possível reduzir a carga fiscal e reinvestir recursos em capital de giro ou reserva de contingência. Revisões periódicas do enquadramento mantêm a empresa sempre alinhada às normas vigentes.

Para controlar riscos financeiros de forma eficiente, é recomendável:

  • Elaborar projeções de fluxo de caixa para 12 meses;
  • Constituir reservas de emergência equivalentes a três meses de despesas;
  • Utilizar instrumentos de proteção, como a cobertura do FGC e seguros específicos;
  • Revisar periodicamente contratos e prazos de pagamento.

Com apoio técnico adequado, como o oferecido pela Morais Contabilidade, prestadores de serviço ganham maior confiança na gestão diária e garantem maior solidez no relacionamento com clientes e fornecedores.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site G1. Para ter acesso à matéria original, acesse O que é FGC? Fundo vai garantir que parte dos investidores do Master tenham recursos de volta

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